Uma
comichão de colmilho sobe no hálito
Com
uma atenção leopardina no olhar
Que
fareja no chão alguma presa que, por ser presa
Do
próprio odor labiado de tomilho,
Ilude
pela tatuagem arbustiva que o alimento
Vivo
é antes uma paisagem móvel,
Uma
ilusão de paisagem aromática
Como
um simulacro do amor carnívoro,
Do
amor carnal que agora se levanta
Completamente
e caminha com gestos licorados
Como
cominho que quer enaltecer
No
corpo sua origem egípcia,
Mas
com um esgar de jaguar
Que
vê no exotismo
Uma
espécie especial de erotismo.
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