A
vida é teatro
Que
alguns dizem de máquina.
Eu
digo de carne,
Teratológico,
com o vício visceral
Da
máscara exposed.
Mas
é verdade que a máquina expõe.
Suponha
que ouse
Uma
musa de Chernobyl,
Repasto
de câncer
Que
nenhum médico viu,
Que
o charme monstruoso
Do
elefante assumiu,
Clitóris
duplo com pênis no meio,
Infecundo,
arabesco mal feito
No
bico do único
Ou
do terceiro seio,
Selo
de garantia
De
que Deus também é grosseiro
E
de que no meio do belo
Sempre
medra o que é feio,
Ânus
com boca e olho saltado,
Nariz
deslocado, membro com multiplicidade,
Alguém
dirá o corpo legítimo
Da
pós-modernidade;
Ausência
de órgãos, caos errante
(Talvez
eu, anacrônico, dissesse:
Tristeza
hiante),
A
musa de Chernobyl,
Na
seção eating shit,
Seria
alcunhada Chernobitch.