sábado, 31 de janeiro de 2015

SEM TÍTULO (O POEMA PERFORMA,)

O poema performa,
Agora, nesta hora.
Não pretende seguir
À risca nenhuma norma
Nem nenhuma
Tão exata forma.
Ainda estima a rima,
E ri mais do que devia,
Às vezes; outras vezes
Não se conforma
Com o riso fácil,
Fazendo com que a dor
Perca qualquer pudor
E interfira na coreografia
Como nova dança,
Ou nova mescla,
Nova performance, leitura,
Nova versura,
Como se no corpo do poema
E no seu houvesse
Prazer na tortura. 

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

FENÔMENO

Esplende em meu rosto um sol
Na região dos olhos,
E um pouco acima
E um pouco abaixo.
Há sol lá fora,
Mas aqui, olhos fechados,
Insisto na possibilidade
De que o sol em meu rosto
Seja um fenômeno
Desconhecido do sol lá fora. 

COOPTAÇÃO PORNÔ

Todxxxs.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

JUSTIFICATIVA

A lição esperta
De Marcuse
É que você
Marx use,
E também Freud,
Para explicar
Porque você
Não fode.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

MASOCH HOJE

1.
Me chama de vândalo
E me prenda sem motivo.

2.
Comigo não adianta escracho.
Terá de dar outra lição neste esquerdomacho.

3.
- Vênus de Peles?
- O quê? Me pague logo e vá embora.