Uma paisagem sonora,
Como
o fantasma da fantasia,
Toca
no corpo, gemebundo, sutilmente.
A
paisagem é corporal agora,
Um
pouco à paisana.
Tento
imaginar, sonoramente,
Um
tapete persa, sofisticada persiana.
Mas,
não, nada disso por enquanto.
Os
dedos, o rococó tornozelo,
O
silente zelo das pernas, da bunda
São
a paisagem tensa
Da
distensão, do frouxo relaxamento.
Os
lábios mordiscam algumas notas
Que
os cabelos ouvem polifonicamente,
E
assim as compreendem.
O
pós-caligulino hálito ressacado
Entontece
as notas
Com
a sonhada orgia
Regada
à saliva no escuro
Da
goela, próxima da úvula.
Também
tento, sonoramente,
Imaginar
uma nota de uva,
Assim
como falar da vulva.
Mas
tal região vive sua própria tensão,
Seu
próprio concerto sociobiológico.