Distantes, falam cães.
Mais
próximas, pessoas latem.
Nos
latidos, ruídos de fala,
Projetos
de articulação
Fazem
coro com os que emito
Abrindo
os olhos com o lento ritmo
Do
sol nascendo, coral.
São
diversificados os ritmos da vida.
Já
disseram: inumeráveis.
O
pentâmetro iâmbico dita
A
mastigação, a natação?...
Quem
o sente, sem sequer conhecer?
Principalmente
sem sequer conhecer.
Os
ingleses tentam, tentaram.
Troqueus,
espondeus,
Cesuras
alexandrinas.
Tais
ritmos movimentam a vida,
Cadenciam
a respiração,
Organizam-na
junto ao universo
Em
uma bela e metabólica ilusão.
Quais
os ritmos das falas dos cães
E
dos latidos dos homens?
E
das mulheres?
Para
quem as redondilhas maiores,
E
as menores, e os heroicos e os sáficos?
Sobretudo
inumeráveis são os ritmos.
Permaneço
lento como o sol matutino,
Tentando
despertar,
Mas
quase livres, quase brancos.