A
Nação é feliz,
Generosa,
voluntária,
Come
comida estragada,
Porém
de alto padrão.
A
Nação está no estádio,
Está
falando inglês
Consigo
própria,
Em
nome de uma noite de sexo
De
alto padrão.
A
bola bate nos ouvidos,
Nos
olhos, na boca,
Mas
a Nação se levanta
E
não desiste nunca: é gol!
A
Nação é branca,
Sente
desejo
Pelos
jogadores mais brancos,
Representa
seus capoeiristas brancos,
Seus
índios, sua História.
Pombas
brancas voam
Em
nome da miscigenação.
Fora
do estádio,
Menores
de idade de baixo padrão
Fazem
alto padrão
Com
o rico estrangeiro que
(Talvez
com razão?)
Diz
que o Brasil é o paraíso.
O
povo (não a Nação)
Vê
o gol pela televisão,
Ou
então vai à rua
Dizer
que é povo e não Nação.
Com
muitos gols,
É
a Copa das Copas.
Jogos
bons, euforia, satisfação.
Protesto
mesmo é nas urnas,
Conscientiza
a PM
Na
orelha (roxa) do cidadão.
Maltratam
uma dama no paraíso
(Só
um acidente de percurso,
Uma
pequena confusão).
O
que importa é que na rua
Não
houve maltrato nem nada
Que
envergonhasse a Nação.
Copa
das Copas,
Com
muito gol e emoção.
Se
minhas rimas são ruins,
É
que faltou educação.
Mas
esta é uma grande afirmação
De
coxinha, playboy,
Alienado,
direitista,
Retrógrado,
opressor padrão.
Vou
me redimir, ou talvez não.
Se
soar coxinha,
Desde
já peço perdão:
Vá
tomar no cu, FIFA!
Você,
quem apoia seu padrão
E
a ideia de Nação!