Suponhamos
que um poema
Comece
com “Eu te amo”.
Como
poderá se desenvolver?
Há
muita chance
De
cair naquilo que pessoas
(Também
ridículas)
Denominam
ridículo.
Mas
por que esta probabilidade?
O
espectro cerebroso de Cabral
Espreitando
o dia da noite
Do
eu lírico?
As
crises contemporâneas
Das
relações afetivas
Que
fazem com que assumir interesse
Seja
visto como fraqueza?
(Você
percebe que o poema
Está
com sua qualidade
Sob
grande risco?
O
cisco da prosa ruim
Está
incomodando o olho?).
Escrevo
“Eu te amo”
E
assumo o risco e o cisco.
Que
se foda, que se foda.
Quero
foder a vida e a arte
Com
um sonoro
“Eu
te amo”!
Depois
eu pisco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário