Vem
vento.
Sopra
como uma pomba branca
Perdendo
a nitidez
Na
língua do vento.
O
vento anoitece.
Uma
luz vomita a cabeça
De
um astro,
Afogado
no próprio vômito.
Há,
aqui, ali,
Tons
tonalizando outros tons.
Ali,
aqui, há
Sons
sonorizando outros sons:
Coaxares,
trilos...
Eu,
meio tom,
Entre
o som e o sono,
Anoiteço
para que dentro
Uma
seita iniciática de sóis
Alimente
uma fogueira.
Um comentário:
que massa, imagens e som lindos demais. gostei muito, carlos!
mar
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