segunda-feira, 16 de junho de 2014

SEM TÍTULO (COM FONE NO OUVIDO,)

Com fone no ouvido,
Com smartphone na mão.
A companheira ao lado
Na mesma situação.
O olvido soprou
No vão deixado pelos corpos,
Flertado com o vento.
Como reconfigurar
O vazio deste sopro
Um tanto frio
Sem o aplicativo da curtida?
Quem não compartilhou
Esta espécie sutil de ferida?
Sento em um banco.
Enquanto o vento cicia,
Acaricio uma cicatriz.

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