Presto
a atenção e legitimo sensações (nem todas) desagradáveis:
Minhas
entranhas tentam brincar de bondage,
Uma
convulsão úmida e bífida morde minha língua...
Há
sombras estranhas também em seus olhos,
Como
as de uma cidade que conheci somente na imaginação
(Ou
em fotografias misteriosas).
Por
mais iluminados que sejam os cabelos,
Haverá
sombras nos muros por eles despejadas.
Meu
intestino tenta me estrangular
Após
ser extraído em uma tortura indiana.
Talvez
as entranhas não sejam minhas,
Talvez
sejam da própria cidade drapejada;
Ou
então a cidade já seja orgânica a ponto de ser seus olhos,
E
quando digo seus talvez sejam os meus, os dela ou os seus.
Há
algo amoroso e falso nos olhos:
Há,
em suma, sombra, um sombreado.
A
cidade urina na água da chuva, embebe cães,
Bebe
bêbedos e os olhos permanecem vagando
Vegetabundos,
meio melancólicos, meio sorridentes,
Nas
ruas (luzes não descolorem sua sombra);
Ou
então fingindo espreitar por janelas de casas já mudas.
A
noite me fez tão mal a ponto de eu desejar o dia,
O
tão triste dia, tão esclarecido
Quanto
um amor que, deixando de ser noturno, desapareceu.