Só
uma lua sorrindo com herpes
Ilumina
a elefantíase das linhas
Da
dança.
Uma
flor de fogo encravada
Na
boca.
Mas
o fogo não ilumina
As
mímicas elípticas,
As
linhas abismadas
E
os compassos subterrâneos
A
não ser enquanto sorriso
Sutil,
espécie de escuridão
Do
avesso.
O
fogo do herpes
É
uma revelação arrependida
E
intermitente.
Elefantíase
mais discreta,
Vizinha
do dente
Que,
sujo, apresenta
Uma
coreografia exemplar.
A
lua é um sorriso só,
Aberto
de par em par...
É o herpes que dança;
E
tira para dançar.