terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Belo e bélico:

Belígero,

Ante de meu nariz

As catotas de ouro,

Um besouro

Cornígero

(Das costas sosígenas?)

Rebrilha

Na crina

Da vagina,

Flamígero

À luz da lamparina.

A cornuta cornamusa

Afina

Para não cantar

Musa corna

Nem cabeleira assassina.

A musa se anima.

Belicorno,

Ele faz cara de rima.

Se não estivesse

Tão próximo ao rego,

Eu beijaria

Um gigantesco clítoris negro.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

ENCONTRO

Bar. Bebem um pouco. Olham-se um pouco. Esboçam um sorriso, logo sustido. Aproximam-se. Esboçam um sorriso, logo sustido. Conversam um pouco. Bebem um pouco. Esboçam alguns sorrisos, logo sustidos. Pagam a conta. Vão para casa. Abre a porta. Fecha a porta. Esboçam um sorriso, logo sustido. Beijam-se. Vão para a cama. Despem-se. Aproximam-se um pouco. Aproximam-se mais um pouco. Beijam-se. Senta na cama. Permanece em pé. Masturba o pênis. Suga o pênis. Suga o saco escrotal. Lambe o saco escrotal. Suga o pênis. Estendem-se na cama. Lambe a vagina. Penetra o dedo na vagina. Lambe a vagina. Penetra a vagina. Posição 1: papai e mamãe. Posição 2: de quatro. Posição 3: de lado. Posição 4: ... Posição 2: de quatro. Chupa o dedo. Penetra o dedo no ânus. Penetra o ânus. Esboça um gemido de dor, logo sustido. Senta na cama. Fica em pé. Ejacula na boca. Esboça sinal de esforço, logo sustido. Engole. Vão ao banheiro. Lavam-se. Vão até a porta. Abre a porta. Vai me ligar? Acho melhor não... Esboça um sorriso, logo sustido. Estava brincando!... Esboçam um sorriso, logo sustido. Fecha a porta.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Toda Esfinge finge,

Mas não como fingidor

Que finge dor.

Toda Esfinge –

Corpo,

Alma,

Deus,

Azul do céu,

Azul do mar,

Azul da flor –

Quer não extinguir

As águas do Estige –

Ainda que meandrem,

Labirentem –,

Represadas que sejam

Em única íris

Que irie

Único sorriso.

Sorriso e íris únicos,

Plenilúnicos

Do mistério

De uma efígie.