A
orquídea exala quase abrupta,
Nascitura
precoce na noite escura
De
odor que persiste na pele musga
De
tudo o que não existe e rusga
No
olfato do jardim de ninguém,
Olorosa
catadura que gradua as camadas
De
sonho que cataratam meus olhos
De
luz soturna. Uma inalação musgo,
Azul-marinha
marinando o sonho
Em
camadas com a temperança
De
ondas vagas, saturnas, aniladas.
Sigilo,
silêncio, cismação, vagor,
Plantio
de passos compassados
Em
um equilíbrio que já não intui
Futuro,
presente, passado.
Jardim
além, jardim fantasma,
Aterrissa
até que na terra haja,
De
terreno, pouco ou quase. Ou nada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário