A
lua é o desejo
Da
minha garganta
Licantropa
que gargantua
Tudo
que alcance possua,
E
atua como fera,
Vocifera,
uiva.
Seu
escuro uiva
De
falta de luz de lua,
De
solidão de brilho de estrela,
Pois
minha garganta
Quer
ser o céu,
Quer
devorar o céu
E
o aprisionar.
Minha
garganta astral,
Minha
garganta cósmica
(E
cômica e que come)
Já
performatiza seu ódio
Que
busca a beleza,
Seu
ódio esteta
Devorando
a sensaboria
Que
uma noite simples pode bocejar.
Toda
noite deve ser especial
Para
minha garganta.
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