Há
um mar amarelo alaranjado
Navegando
esbatido a partir da cabeça do sol.
Abaixo
do sol, o pescoço cheio de veias rompidas
Sangra
um outro mar vermelho.
O
sangue inunda a terra, sem aberturas,
Sem
passagens e salvação.
Uma
atmosfera de extrema-unção agressiva
Carrega
também uma sutileza pacífica.
Há
então uma tentativa de um mar limpar o outro:
A
potência do laranja sempre esteve alerta,
Esperando
desta mistura a sua realidade plena.
Plana
este desejo como uma pintura de lentos mares em fúria,
Tendo
um calmo fim do mundo como pano de fundo.
A
nascente e a foz tentam uma única voz
Que
passaria passarinha na manhã.
Essa
mistura precisa salvar o mundo,
Um
pássaro precisa beber o sangue do sol
E
filtrar suas impurezas,
Um
pássaro precisa realizar uma transfusão
E
cantar laranja como um limpo vômito amanhecido
Após
a ressaca dos mares enfurecidos,
Uma
golfada após o refluxo como o luxo
De
um novo dia sem o senso comum de suposta novidade,
Esta
ditadura, mas como devir, tentativa de diferença,
Esta
liberdade, já antes, no interior da batalha dos mares.
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