Um
coral de crianças
Resguarda
uma parte do jardim
Que
não posso desbravar.
Ouço
suas vozes rosadas.
Ao
me aproximar da parte proibida
O
coral grunhe em pig squeal.
Do
alto, plantas tentam pingar
Orvalho
na boca de quem passa.
Um
odor de carvalho se alastra
E
pernoita na noite das narinas.
Na
noite dos ouvidos,
Um
labirinto de sons cromatiza
Em
conjunto com o coral corado.
A
coloração musical do coral e dos bichos
Cria
uma cobra coral nos ouvidos,
Delicadamente
venenosa:
Todo
jardim procria um tanto de mal.
Um
ouvido envenenado ouve demais
E
de menos.
Não
posso tentar matar as crianças.
Há
uma parte moral em mim
Que
ainda não permite.
Nunca
vi nenhuma,
Mas
o odor afasta.
Acho
que morreram faz tempo,
Na
realidade.
Sou
este jardineiro
De
um jardim rebelde
E
que não se permite inteiro.
Sou
desde quando o desconheço.
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