domingo, 20 de julho de 2014

SENHOR DO AMOR

Satã me ama.
Senão por que a visão
No corpo da mulher
Me inflama esta flama
Como a flâmula
De uma poética do olhar?
Satã me chama.
E só posso aceitar
O pedido de quem me adora.
Ele quer que eu
Apresente algum sentimento
Com cheiro de amora.
Satã, como Deus, não existe.
Mas por que insiste
Em me fazer ver
O que antes não via sem poesia?
Seu nome é legião,
E sei que um dia
Também conquistará seu coração.

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