Satã
me ama.
Senão
por que a visão
No
corpo da mulher
Me
inflama esta flama
Como
a flâmula
De
uma poética do olhar?
Satã
me chama.
E
só posso aceitar
O
pedido de quem me adora.
Ele
quer que eu
Apresente
algum sentimento
Com
cheiro de amora.
Satã,
como Deus, não existe.
Mas
por que insiste
Em
me fazer ver
O
que antes não via sem poesia?
Seu
nome é legião,
E
sei que um dia
Também
conquistará seu coração.
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