É
impossível amar uma mulher
Sem
amar, de algum modo,
Também
sua mãe.
Como
não amar os traços essenciais,
As
sutilezas genéticas,
O
desenrolar da narrativa genealógica?
Traços
essenciais:
Mirar
a mãe como um Miró
Apaixonado
pelas origens,
Mirar
a filha como reincorporação
De
um mito fundante.
Como
não amar a vida
Da
filha na mãe,
E
a vida da mãe na filha?
E
se a filha tiver uma filha
(Do
apaixonado do poema
Ou
de outro apaixonado
Que
não do poema, mas no poema),
Como
também não amá-la?
O
amor só pode ser
A
continuidade de uma mitologia.
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