Todos
vamos narrando nossa própria vida.
Vamos
enredando um roteiro,
Estabelecendo
ligação entre acontecimentos,
Desenvolvendo
um personagem: nós.
Viver
é também uma performance discursiva.
O
silêncio performatiza as entrelinhas
Do
discurso, mas quase nunca o momento
Da
vertigem em que o vazio
Cria
a promessa de acesso
Àquela
revelação negada
De
que o próprio silêncio pode estar
Aquém
do discurso e do simbólico,
Aquém
da própria vida;
E
de que o silêncio nunca se diz.
O
que estou dizendo ou calando
Nada
tem a ver, assim, com silêncio.
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