O
óbolo não esqueça,
Para
que o oblívio
Não
se espraie
Em
aquerôntica margem.
Nossa
vida, óbvia ou não,
E
sua continuação,
Tem
carôntico custo.
Tudo
que é ôntico,
E
até ontológico,
Tem
preço, é pago,
Já
muito antes
Do
Capitalismo mais tardo.
Pirrônico
ou anacreôntico,
O
óbolo não esqueça.
Epicureia
ou com veia
De
Cleópatra,
Na
língua o óbolo leve,
Seja
a vida longa ou breve.
Ou
então retorne
Para
perturbar os vivos,
Olhos
obnubilados,
Vísceras
para todos os lados,
Membros
ressequidos,
Para
que a tradição
Venha
de Homero
E
chegue até Romero.
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