Uma
legião de estrelas corre,
Dispara
violentamente nos olhos
E
no universo de uns cabelos negros,
Enquanto
uma flânerie esmeraldina
E
pulsante de grilos confisca
O
desenvolvimento da orquestra noturna.
Um
desejo de ser animal
Perscruta
e palpita a possibilidade
De
não assumir forma definida nenhuma.
O
nome é legião:
Estrelas
são demônios (ou anjos) fulminados
Pela
vergonha e pelo prazer.
A
noite animalizada é brilhante e sonora,
Se
parece com um grotesquiou
Casco
de tartaruga.
Uma
boca melada de mel halita
Meu
conforto entrosado com a noite,
Habita
a linguagem de um discurso
Canforado
que se quer deficitário.
O
discurso se rende, pende como orvalho
Espreguiçando
no colo da manhã.
O
discurso vira, então, ocaso.
A
linguagem (e a noite) permanece.
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