Até
mesmo em meu quarto,
Burguesmente
recluso,
Lido,
estudado, quase dormido,
Um
estranho miserere
Me
misteria (e o ambiente),
Hermeticamente
aberto:
Meus
poros suam
A
cama, ligeiramente.
A
liturgia evola
Como
fumaça
De
invisível chama.
Eu,
alérgico, deixo de sê-lo
Por
um momento.
Um
arrepio me amolece
Como
uma primitiva oração
Morna
nos pelos, no cabelo.
Uma
luz no canto mais escuro
Articula
uma língua
Que
nunca ouvi
E
confessa,
Com
um sorriso amarelo,
Algo
que não ouço,
Mas
me faz dormir
Como
uma música nunca tocada,
Preservada
no interior
De
um violoncelo.
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