Floresce
o ipê.
Seu
amarelo é denso.
Que
nobre devassidão para os olhos
Tentar
desbravar o impenetrável.
Uma
terra devastada
Assume
o lugar
Do
império dos meus sentidos.
Não
consigo me focar.
Venho
para me acalmar,
Sentando
em um banco de praça,
E
logo se me passa
Uma
difusa orgia
Após
a percepção de uma cor...
Desbasto
as sensações
Depois
do desregramento.
Sinto
florescer, agora em mim,
Lento,
um ipê bonsai.
Por
um momento
(Que
dura ainda em algum lugar,
Em
algum tempo dentro e fora do tempo),
Meu
coração ficou amarelo
E
com cheiro de flor.
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