domingo, 24 de agosto de 2014

FUNÇÃO POÉTICA

De toda minha
Parafernália parafílica
O que sobra, o que fica,
O que a conforma e a transcende
É a poesia e sua matéria: palavra.
Cada palavra está presa
Como uma presa em uma jaula.
Uma gesticula para a outra,
Como mulheres forjando
Uma performance
Sem poder se desvencilhar
De amarras com nós especiais.
Quando se soltam,
É porque o poema está frouxo
E o teatro não estimula mais.

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