O
balé do brilho
Na
convulsão do olho afoito.
Fito
um pouco aflito
O
brilho bailarino
No
palco da noite.
O
olhar libertino do gato.
A
adaga da prata
Dos
cílios enquanto cicia
O
desejo no vento.
Mas
de quem tanto o desejo
Aventado?
Seu
vulto voga
Como
o amor virtual,
Como
se a noite
Sequestrasse
uma bailarina
Que
não quer
Parar
de dançar.
Pulo
um muro.
Tem
passagem de terra
O
local.
Por
motivos que um poema só
Não
conseguiria decifrar,
Sempre
misturei
Cheiro
de terra úmida
Com
cheiro de mulher.
Nesta
noite,
Quero
me embrenhar no caminho
E
voltar somente ao amanhecer.
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