Um
mutante alucina dentro do corpo.
Como
o corpo sobreviverá
Sem
mutilação?
Cabelos
cairão?
Braços,
pernas serão decepados?
Quantos
dentes restarão?
Ou:
o que tanto mudará?
Qual
será o itinerário da alteração?
O
mutante já tentou
Estrangular
Édipo,
Já
se transformou em animais
Para
causar pânico dentro do corpo.
Fez
trejeitos de louco
Para
ver se era visto no espelho
Pelo
corpo.
Já
foi matilha rosnando
E
mordendo as costas do corpo,
Monstruoso
aracnídeo
De
cor negra e menstruada
Envenenando
o sono do corpo.
A
teia na garganta do corpo
Já
capturou de um beijo a língua
Que
moscou.
O
mutante alucina.
Acredita
que tem todos os direitos,
Mutatis mutandis.
Adora
ouvir música.
É
o único momento
Em
que se transforma em pássaro.
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