Por
vias nem sempre suspeitas
A
restituição do sagrado no mundo
Intumesce
meus sentidos.
Tudo
se comunica com o mistério de tudo.
Meus
sentidos sentem um pouco de tudo
E
este pouco é tudo o que há
Para
que seja pleno.
A
falta de sentido das coisas
Se
confunde com a expansão de seu sentido.
Divindades
que perderam a centelha
(Ou
acenderam uma nova)
Sopram
vozes em meu ouvido.
Divindades
sempre evoluíram em meu corpo
Exposto
a um amor primitivo
(Ou de insuspeita contemporaneidade).
(Ou de insuspeita contemporaneidade).
A
experiência do sagrado
É
uma espécie de luxo
Compartilhada
com humildade.
Divindades
sempre colonizaram meu corpo
Como
bactérias,
Muitas
das quais ainda quase desconheço.
Minha
pele tem surtos luminosos,
Como
se momentos epifânicos se revestissem
De pele humana, pele plena.
O
tom das vozes assume
Outros
níveis de beleza modulada.
A
cor dos cabelos se intensifica.
Minhas
divindades me consultam
Como
olhos astutos de criança brincando.
Sua
inocente malícia respinga em meu sangue
Como
um cuspe certeiro.
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