Odiava
futebol,
Nunca
marcou gol,
Mas
jogava handbol.
Dizia
que Hugo Ball
É
um poeta genial.
Dizia
que Andy Warhol
Não
criou nada legal.
Só
nadava nado crawl.
Então
levou crau no metrô:
“Meto
Porque
você tem pra mais de metro”.
Denunciou,
nada virou,
Virou
do avesso,
Nada
adiantou.
Ninguém
alguém achou.
Contou
para o amigo.
Ele
não achou nada demais.
Contou
para a amiga:
“Sua
saia tem de ser mais...
Normal”.
“Vou
ao psicólogo,
Senão
enlouqueço”.
“O
abuso te traumatizou”?
“Não,
animal.
Aqui
estou
Porque
sonho com Baal
E
tenho fetiche canibal”.
Para
a família não contou:
O
pai talvez a culpasse
Pelo
que não evitou,
E
se envergonhasse.
“Não
mereci”.
“Mereceu.
Facilitou”.
“Não
mereci”.
“Mereceu.
Facilitou”.
Pensei
em dizer que se matou.
Mas
não...
Virou
feminista ativista.
Sem
mais
Paronomásia
e trocadilho.
É
sério:
Redescobriu
o seu caminho.
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