sábado, 31 de maio de 2014

INFINITO

Sangue menstrual deságua
De alguma paragem longínqua.
Longínqua de tudo,
Sempre longínqua
E avermelhando o mundo.
O mundo está alheado
De sua vermelhidão.
O dia é de sangue,
E a noite também sangra
No seu vermelho
Que é escuridão.
Escorre sangue quando falamos,
O rio que fecunda
O mosaico de nossas veias
- Veio de integração
Com o sagrado,
Também longínquo,
Mas profundamente próximo.
O sangue não tem fim.
O infinito é sangue.

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