Quero
canibalizar Deus.
Sua
luz será o brilho
De
um besouro avermelhado
Explorando
sua região escrotal
Enquanto
morre na cruz.
Quero
canibalizá-lo
Na
semi-escuridão intermitente
Da
tocha dura do inseto inquieto.
Quero
travesti-lo de Madalena
Na
esperança de que adquira seios
Para
que eu possa comer
Ao
menos um.
Deus
é uma flor cheia de espinhos,
Uma
fonte de chaga.
Quero
violar os caminhos da chaga
Até
chegar ao seu olho.
Quero
babar a gosma de seu olho
E
matar este besouro
Que
não o deixa em paz.
Quero
que Deus sofra de amor por mim
Mas
morra na masmorra
De
minha boca.
Quero
minha fé até o fim.
Então
poderei comer saudavelmente,
Comer
como um momento de privilégio.
Então
poderei transar saudavelmente,
Como
um momento de privilégio
Que
criarei no momento propício.
Chorarei
horrores perante o horror
De
um gato torturado e morto;
Ou
melhor, não chorarei...
Comerei
sua carne como como Deus,
Mas
comerei com mais autenticidade,
E
algumas lágrimas poderão depois surgir.
Já
comerei puro, comerei sagrado
A
carne já pura do amor...
Um
gato torturado e morto:
A
carne pura do amor.
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