domingo, 6 de janeiro de 2013

CONFESSIONAL


Entre seus ossos e sua carne
A aporia de um vazio
Preenchido de caos,
De universos não desenvolvidos,
Germes revolvendo
Obscuras formas
Não resolvidas, indistintas.
Aporia intestinamente bela,
Mais bela porque presa
Entre seus ossos e sua carne.
Se expandindo presa,
Libertamente,
Eu diria que esta aporia
É uma osteoporose sagrada,
Abrindo espaço na prisão,
Sendo o estigma da prisão
Esta triste liberdade.
Entre seus ossos e sua carne,
Mulher astralmente pré-hipodérmica
E osteopósrrosea,
Eu beijaria esta verdade.


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