terça-feira, 11 de junho de 2013

Um eu em rio jorrando, devindo,
Devendo risos no rio de sangue das veias,
Devindo, indo e revindo
Anímico, elânico, vital, no rio de sangue,
De água, sangue, diversas substâncias,
Procurando seus órgãos pelo caminho,
Claro e escuro, adulto e infantil,
Adúltero da própria identidade,
Comungado com uma parentésica ipseidade,
Na sombra do parêntesis, parente
De outros eus, eutanásicos e reviventes,
Conectado à sombra da lua desejosa de eclipse,
Vivendo em elipse, e enlaçado
Com um pássaro em vermelho vôo oblíquo,
Com o tecido da teia da aranha,
Com a promiscuidade da paleta do pavão
Sem o ego dele, mas por isto mais egótico,
O múltiplo, o que devém paradoxo.

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