sábado, 8 de junho de 2013

Orfeu, então faíscam ouro e fogo
No olho cansado de Morfeu
Que amofina na morfina
Do sono sempre desperto?
Morfeu dissoluto em analogias noturnas
Só quer morrer na areia de seu eu
Uma noite que seja
E que o mundo permaneça
Desperto na lira do vento
Como um animal
Em uma floresta desarvorada
Devorada por um sono dormido distante
Em um deserto particular.
Talvez este sono coletivo
Fosse, assim, somente por uma noite, eterna,
Um único lar. 

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