Me
impulsiona ao caminhar à noite
No
meio de uma rua quase deserta.
Uma
alegria que é, na realidade,
Um
riso em potencial
Que
flerta em alguns momentos
Com
uma gargalhada
Às
raias da loucura,
Gargalhada
também em potencial.
A
alegria desta potência
Não
tem justificativa,
E
talvez nem Dioniso a compreenda.
Mas
assumo que esta alegria,
Este
riso e gargalhada
Com
suas vontades de potência
Dançam
ao redor de um espaço vazio
De
minha experiência interior.
O
espaço vazio de uma ausência de deuses,
Ausência
que presencia o sagrado,
E
que se comunica com a morte
Em
sua mudez de vazio.
O
calafrio da morte, a paz sagrada,
O
calafrio sagrado, a paz mortal.
Por
isto rio e gargalho em potencial.
Mas
não consigo, e talvez nem queira, justificar.
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