sexta-feira, 21 de abril de 2017

DE NOVO, NUNCA

Ruborizar a maçã fresca
Que frutifica com a manhã.
Renegociar, então, a dialética
Do dia e da noite,
No ínterim, no interior
Do ínterim que pausa
O movimento – imagem.
Perceber a ritualística do corpo –
Aquela que despercebemos.
Verificar a ritualística da natureza.
Respirar com ela,
Profundamente.
Renegociar, então, as ritualísticas,
O corpo, a natureza.
Guardar na mão o rubi do amor,
Encostá-lo na maçã do rosto
E ver frutificar, de novo, a fresca
Rubra manhã, nunca vista.
Melodiar o pássaro raiado,
De novo, nunca visto.   

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