domingo, 31 de março de 2013


Sob a carniça do deus morto
Armo minha morada:
O resto da pele e os ossos.
Assim passo meu dias
Meditando e esperando
Algum amor que deguste
Tutano de deuses mortos.
Somente às vezes saio.
Um deus morto costuma
Cheirar mal às vezes;
E saio um pouco.
Sou uma espécie de monge.
Sou um homem sagrado
E confesso: conseguiria amar.

Um comentário:

Hercília Fernandes disse...

Um homem do sagrado... uma espécie de monge...
Que imagens instigantes!?
Gostei muito do poema, Bonfá.
H.F.