Amar,
ter conta em banco,
Ter
um filho, cometer uma violência
São
a mesma coisa.
É
prazer e dor que a morte
Subsume
e consome.
Daqui
não se leva nada,
Como
dizem.
Ser
filantropo ou canibal de criança
São
a mesma insuficiência inata.
A
morte não tem moralidade
E
tudo é diluído
Em
sua entranha putrefata.
A
morte não tem moralidade,
Mas
o que a morte tem a ver conosco?
Esta
morte incomensurável, incontrolável?
Esta
morte que o suicida tenta prever
E
ritualizar?
A
ausência moral do incomensurável
Só
tem a ver com a ausência moral do incomensurável.
Nossa
morte é a que se morre em vida,
É
o caos como fator do equilíbrio de nossa vida.
O
caos que assumimos,
Que
deixamos nos transpassar.
A
morte em vida.
Aquela
que controlo agora
Na
ritualidade da escritura.
E
esta morte é o que há de mais moral.
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