quarta-feira, 9 de março de 2016

SEM TÍTULO (ESBATE NO SEU ROSTO)

Esbate no seu rosto
Uma religiosidade dúbia.
O sol ricocheteia leve.
Do lado oposto
A sombra ora uma lua.
Um lado acorda, vive,
O outro sonambula.
No seu corpo sempre habita
Mais de um deus;
Nele mais de uma seita
Se aceita, mais de um ritual
Circunvoluteia enquanto você
Se estende e se oferece,
Ou quando caminha.
Não há síntese alguma
Que você assuma.
É preciso que, oniabrangente,
O adorador
Esteja crente
(Dubitavelmente)
Em toda crença
Que você ressuma.   

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