segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Eu sou distante,

-bas errante.

No horizonte,

Luz que cega.

E nenhum Deus

De Dante

Que me

(Ou que eu)

Cante.

A luz que cega

Chega,

Mas é cega

E fareja

Um canto

De morte.

Nenhum norte

Aconchega.

Distante,

O infinito

Se deposita

Na minha carne.

Existe uma chave.

Sendo nada

Mais que carne,

A carne se torna mais.

O corpo é santo

Em sua violência.

E sendo animal,

Diverge dos animais.

Eu sou distante

No horizonte

Da luz que cega.

É com esta morte

Que me aproximo

Do mundo.

Com esta luz,

Cega,

No fundo.

Nenhum comentário: