segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Dominatrix,

Domina

Minha memória

Como um voto

Da velha história

Do styx.

Atriz mistress,

Exibe a beleza da estria

Com a morbidez

De uma mania.

Minha refeição de escravo:

Comer cravo...

Chupar canela.

E também morder chicote...

Como um mascote.

Sou garçom, e enfermeiro...

E bom serviçal

No banheiro.

Mas, dominatrix,

Consegui meu prêmio

(Pois sou um pet vingativo),

Que é a exibir

No proscênio

Do poema

Como uma cadela

Após um enema,

Tendo escritas

Com estilete

Em um seio a palavra sex

E em outro a palavra six.

domingo, 27 de novembro de 2011

CALOPSITA (DEVANEIO)

A lua é uma caturra

Que me catarra na cara.

Parece um aborto, me excita.

Aborto vivo e vível da minha tara.

Incrível. Rara. Me excita. Calopsita.

Glória: parece um aborto a lua clara.

Dimórfica e órfica

Destila, mingua uma babeira baqueira.

Espessa, sem pressa.

A luz mais bela é funesta.

Funambulina que bolina –

Cinzóide nas pontas estilo estilizado –,

Resta o rastro,

Coágulo crasso

Do desejo castro.