Uma
atriz,
Pelo
acicate da cicatriz
De
mastectomia,
Encenou,
na beira da fronteira
Do
chamariz noturno,
Uma
performance
De
estética fragmentária.
Encenou
para si mesma
E
também para um alicate
Esta
performance
De
tônica tectônica
Provando
que o fragmento
É
um constructo sólido
De
forma vária.
A
cicatriz parecia crescer
E
diminuir,
Parecia
percorrer o corpo,
Extraindo
e recompondo membros
E
outras partes,
Diminuindo
e aumentando
O
corpo da atriz.
A
estética se tornou
A
própria cicatriz,
Serpentina,
sibilante e sibilina
Como
profeta
Que
não quer mais prever
Qualquer
profilaxia.
A
cicatriz percorreu o pescoço
Mas
antes da degola ou asfixia
Criou
novos corpos
No
seu corpo,
Incorporou
a noite no corpo
E
se contrastou com relâmpagos
Vermelhos
e roxos,
Tatuou
de nebulosas
O
corpo de hematomas
Como
se já tomando
O
Universo nas somas
Das
metamorfoses.
Após,
a cicatriz descansou
Na
ausência de seio
Enquanto
braços com folhas
Escureciam
seu sono.
Nenhum comentário:
Postar um comentário