Um
zumbido zumbi
Atiça
a asa obsessiva
De
um medo que percorre
Embaixo
de móveis,
Do
travesseiro e dos cobertores.
O
som quase imperceptível
Apavora
a hora,
Retoma
o dia na oscilação
Asquerosa
de sua asa vibrátil
E
translúcida, enervada
Como
nervuras de folha.
A
vibração já apavora o mundo
A
partir de seu sentido privado,
E
os sentidos não se apaziguarão
Enquanto
a vibração
Não
for com o som da privada.
Cáften
de outros sons,
Este
alicia no ar imagens vagas
Como
samsas de kafkas,
Voadoras
cimitarras,
Sanscrituras
samsaras
No
rico rococó das sombras
Dos
armários,
Sanscrituras
de luzes de carapaças
Como
fluxo
De
renascimentos sonoplastas.
Quando
as nervuras de medo
Do
corpo se inscrevem na sombra,
Ela
se enriquece mais
E
agora são possíveis
Quaisquer
metamorfoses.
Nenhum comentário:
Postar um comentário