Para Luka Fagundes
Uma
floresta salpicada
(Um
salpico de floresta)
Permite
que uma lesma
Tente
violentar a paisagem.
Uma
entidade aracnídea no escuro
Não
consegue assombrar a lesma.
Mas
uma resma de folhas
Cai
em contemplativas mãos
Que
adquirem uma fresquidão élfica
Num
sonho panteísta
Como
o da primeira sinalefa
De
um discurso que se quis adâmico.
Nos
arredores da floresta,
Fora
de seu interior,
É
a noite dos mortos-vivos.
Usuários
de crack caem ao tentar
Encenar
uma triste paródia de Thriller.
Planando,
um eu deslocado,
Sobressaltoso
com seu descontrole racional,
Consegue
perceber
Seu
próprio estranhamento transfigurado:
O
eu pós-cozido revelado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário