Um
eu em rio jorrando, devindo,
Devendo
risos no rio de sangue das veias,
Devindo,
indo e revindo
Anímico,
elânico, vital, no rio de sangue,
De
água, sangue, diversas substâncias,
Procurando
seus órgãos pelo caminho,
Claro
e escuro, adulto e infantil,
Adúltero
da própria identidade,
Comungado
com uma parentésica ipseidade,
Na
sombra do parêntesis, parente
De
outros eus, eutanásicos e reviventes,
Conectado
à sombra da lua desejosa de eclipse,
Vivendo
em elipse, e enlaçado
Com
um pássaro em vermelho vôo oblíquo,
Com
o tecido da teia da aranha,
Com
a promiscuidade da paleta do pavão
Sem
o ego dele, mas por isto mais egótico,
O
múltiplo, o que devém paradoxo.
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