Orfeu,
então faíscam ouro e fogo
No
olho cansado de Morfeu
Que
amofina na morfina
Do
sono sempre desperto?
Morfeu
dissoluto em analogias noturnas
Só
quer morrer na areia de seu eu
Uma
noite que seja
E
que o mundo permaneça
Desperto
na lira do vento
Como
um animal
Em
uma floresta desarvorada
Devorada
por um sono dormido distante
Em
um deserto particular.
Talvez
este sono coletivo
Fosse,
assim, somente
por uma noite, eterna,
Um
único lar.
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