A
feiura ainda se recobre
Sobre
os próprios braços enormes.
Monstra
em alguma recantada montra
Rude,
pedregosa e não se mostra.
Não
conhecemos a feiura,
Mas
somente a beleza rebaixada
Ou
rebaixadamente glorificada
Pelos
artistas ou pela mídia.
A
feiura é Midas ao inverso,
Não
cabe em verso;
A
feiura não cabe...
Talvez
nunca conheçamos,
Talvez
não estejamos preparados,
Preocupados
demais
Com
a beleza de nossa própria feiura,
Com
o sublime de nosso próprio grotesco.
A
feiura é fúria magoada,
Não
se extrai dela o cômico
Nem
o erótico.
É
fúria por si só e sem fim,
É
mágoa somente mágoa interminável,
É
só destruição, só o abominável.
Não
conheço a feiura,
Por
isto estes versos se puderam fazer.
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