Em
um olhar procuro genealogias de um átimo,
Mesmo
que com certo vagar; genealogias,
Algo
como ficções de origem, origens monocausais,
Causas
com ou sem efeito, a memória
Enquanto
depósito da História e da imaginação.
O
toque é outro estopim, outro dispêndio
E
recompêndio de energia, de fluxos,
Experiências
temporais e mesmo refluxos na garganta
Quando
arranha como uma aranha
A
instabilidade flertiva de um olhar pteridófito
(Avenca,
sugeriria um apaixonado
Em
estado de surrealidade dejavendo
Talvez
um acasualmente objetivo ornamento digno
De
se fotografar).
O
amor é um aberro em crise de contemplação
Mendigando
ruas como aquele monstro
Presenciado
naqueles olhos infantis adulterizados
Por
um sorriso meio mecânico ao lado da mãe.
Gosto
de andar pelas ruas
E
poder, de flâneur a flanelinha, me
iludir
De
que sempre ao final adquiro conhecimento vasto,
De
que sou História, tempo, corpo e espírito revelados,
Uma
espécie de queda e uma espécie de glória.
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