segunda-feira, 12 de outubro de 2015

A REACINHA

Já amei a que com Marx queimava a xana.
Hoje amo a liberal reacinha.
Quando falo em Mises molha a calcinha
E diz que vivemos em uma ditadura bolivariana.

A reacinha também diz que me ama.
Tudo que é vermelho odeia,
A não ser a cabeça do meu pau que incendeia
Seu corpo quando aprisionado na cama.

Nosso jogo erótico “Oprimido e Opressor” se chamaria.
A revolução se dilui em gemeção apoplética.
Amigo dizia que ela não valia nada, mas mais valia
E vale que qualquer miçangueira da dialética.


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