Fontes
rumorejam com o húmus.
Pássaros
triscam rapidamente
O
ar esverdeado pelas folhas.
Uma
fantasia que resvala a sombra humana
Percorre
em vulto, mas não se realiza.
Todavia
as árvores, os pássaros,
As
fontes exercitam suas úvulas,
Se
avisam, se inocentam.
A
cada vulto, se avoluma o medo.
A
inocência, porém, nunca existiu:
É
o manto verde da natureza,
Sua
visão panorâmica, original.
As
úvulas que se inocentam
Vibram
na sintonia de clítoris
Brilhantes
de prazer.
As
fontes fecundam com furor
As
terras, se afundam como invasoras.
O
vento violenta as árvores.
Elas
gostam, uivam de dor e prazer,
Como
a vibração de todo o resto
Do
fundo império.
Nunca
se soube tão ao certo
O
que é sombra humana
E
o que não é.
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