Os
órgãos fogem do corpo.
Antes
deslocados, desencontrados,
Com
funções diversas, entrançadas
E
desreguladas.
Agora
fogem.
Animais
selvagens procuram o corpo,
E
não os órgãos.
Resvalam
no corpo,
Zoneiam
suas localidades.
Vegetais
crescem,
Se
erguendo para o corpo.
Os
órgãos fogem acuados
Pela
música, pela folhagem
Densa
dos sons, pelos rosnados,
Latidos,
pela sensação
Real
de um crime.
No
corpo ora habitam animais,
Uma
caótica floresta
E
uma seita em que convivem
Misticismo
sáfico
E
profanação androide.
Uma
sábia da seita
Diz
que todo ateu
Encontra,
no prostíbulo,
Alguma
espécie de sagrado.
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